mardi 20 juillet 2010

Tabula Rasa

Mal chegaste à minha vida mundana, fizeste desta matéria (sem-pudor)

uma Tabula Rasa.

Raspaste do meu corpo (sem-par) todas as camadas estratificadas.

Apagaste nele, com frieza, todos os traços seculares.

Escreveste, nesta tela (sem-número), com o teu próprio estilete.


Usaste da minha pele (sem-pátria), várias folhas em branco, onde desenconchaste
os teus semióticos e hodiernos poemas.


E tinges, agora, este vulto (sem-nome), com as tuas próprias tintas.

1 commentaire:

myra a dit…

c'est fou ce que t'écris bien!!!!
bisessssssssssss