dimanche 29 janvier 2017

Avenue de la Joyeuse Entrée?!.
Près du parc du Cinquentenaire, vous dites??.
Non, jeune homme je ne connais pas cette Avenue...
Mais le parc du Cinquentenaire, lui, est dans votre dos!..

vendredi 27 janvier 2017

STORY WATER

A story is like water
that you heat for your bath.

It takes messages between the fire
and your skin. It lets them meet,
and it cleans you!

Very few can sit down
in the middle of the fire itself
like a salamander or Abraham.
We need intermediaries.

A feeling of fullness comes,
but usually it takes some bread
to bring it.

Beauty surround us,
but usually we need to be walking
in a garden to know it.

The body itself is a screen
to shield and partially reveal
the light that's blazing
inside your presence.

Water, stories, the body,
all the things we do, are mediums
that hide and show what's hidden.

Study them,
and enjoy this being washed
with a secret we sometimes know,
and then not.

Rumi, Selected Poems

jeudi 19 janvier 2017


ma maison -
un drap blanc
posé contre l'océan

mercredi 18 janvier 2017


trottoir couvert de givre -
ma cervelle l'est aussi 

mercredi 11 janvier 2017

lundi 9 janvier 2017

A hora do ano que eu gosto é o Verão. Mas os verões verdadeiros do Egipto  ou da Grécia - com o sol forte, com os triunfantes meios-dias , com as noites extenuantes de Agosto. Não posso dizer, porém, que trabalhe (artisticamente, quero dizer) mais no Verão.  Impressões dão-me muitas as formas e as sensações do Verão; mas não observei tê-las registado  ou tê-las traduzido directamente em trabalho literário. Digo directamente; porque as impressões artísticas permanecem muito tempo sem serem usadas, produzem outros pensamentos, amoldam-se outra vez  por novas influências, e quando se cristalizam  em palavras escritas, não é fácil  recordar qual foi a hora do pretexto original, de onde verdadeiramente as palavras escritas emanam.

in POEMAS E PROSAS, Konstandinos Kavafis, Relógio  D'Água

jeudi 5 janvier 2017

VOLÚPIA

Prazer, mirra da vida, o recordar das horas
em que encontrei e tive o amor como o buscava.
Prazer, mirra da vida, a mim!, que tanto odiei
que uma aventura se tornasse um hábito.


Constantin P. Cavafy, in 90 E MAIS QUATRO POEMAS, trad. de Jorge de Sena

mercredi 4 janvier 2017

QUANTO PUDERES

Se não podes fazer da vida o que tu queres,
tenta ao menos isto,
quanto puderes :
não a disperses em mundanas cortesias,
em vã conversa, fúteis correrias.

Não a tornes banal à força de exibida,
e de mostrada muito em toda a parte
e a muita gente,
no vácuo dia-a-dia que é o deles
- até que seja em ti uma visita incómoda.

Constantin P. Cavafy, in 90 E MAIS QUATRO POEMAS, trad. de Jorge de Sena