No topo do Monte da Lua -
só o nevoeiro
por companhia.
Urzes, silvas e tojos gatunhos
invejam os caminhantes.
Pés na lama!
No Bosque da Branca de Neve -
cedros e sequóias centenários.
Desaparecidos os anões?
No cimo da Penha -
uma águia atenta
apenas ao nevoeiro?
Nem a poltrona florida
sonhava acabar os seus dias
na paragem de Bus!
Na senda da Natureza Morta -
Quy uma folha podrida.
Quy um pau musgoso.
No meio dos detritos -
um personagem hirsuto,
chapéu de abas - o cogumelo!
Rouxinol rouco.
Que cante de novo! -
Pastilhas Drill ou Euphon.
Na orla costeira -
ondas em alerta vermelha.
O vento irado!?
No ar -
não há acordes de jazz,
nem névoa. Só água.
(este último foi retirado de um poema do Fred Matos do blogue nas horas e horas e meias, soou-me a haiku... é do Fred.)
3 commentaires:
O último é do Fred, mas os outros são teus? Se sim, fiquei surpreendido pela temática e pelo tacto, mais aproximados dos beat-haikus. Mas não me surpreendeu a qualidade.
beijinhos
Sim. Os outros são meuzinhos. :)) E sim, é verdade que estão mais perto do beat-haiku... será q andamos a inverter as nossas tendências temáticas iniciais?! ;))
beijokas
Surpreso e homenageado, agradeço comovido.
Beijos
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