Todas as manhãs, faz cerca de oito meses, me levanto à mesma hora para uma sessão de fisioterapia diária. A clínica fica perto de uma escola. Aí estaciono o carro. Devido aos sucessivos confinamentos, raramente ali vi crianças.
Hoje, recebi de uma delas o pedido mais inusitado que algum dia me foi endereçado. Como me dirigia ao carro, vi três meninas agarradas ao gradeamento, observando um cão grande e castanho. O cão chegou-se perto de mim fairando as minhas calças. De repente, ouço uma voz infantil.
- Senhora, pode fazer-lhe uma festinha por mim?
Ainda hesitei uma fração de segundo, e disse à menina que eu habitualmente tenho medo de cães, mas o cão levantou a cabeça, bem junto às minhas pernas, como que a reinvindicar essa carícia!
Avancei a mão e fiz-lhe a festinha na testa um pouco a medo e exclamei:
- Olha afinal o cão é muito fofinho!
E ouço a voz da criança:
- É uma menina! Não é um cão, é uma cadela!
Só então reparei nas suas numerosa tetas!
Sorri amplamente por baixo da máscara. Eu que normalmente não sou muito afável nem com crianças, nem com cães, fiquei rendida. Esta garota encheu-me as medidas. Fiquei com fé na humanidade e confiança nas cadelas. Abençoadas!
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