Deitada -
sou minha e tua
e os meus seios ainda firmes
são como dois promontórios nos cerros.
Árvores nuvens bandos de aves
desabam pelas minhas encostas,
pairando entre as névoas
que escorrem pelos altos ciprestes.
Entre as minhas coxas de seda
brota o orvalho da madrugada.
Podes sondar este poço,
afastar os tufos densos
que forram o Templo.
Perde-te e percorre as colunas
os áticos as fontes
como se fosses um Romeiro
em peregrinação pelo Império.
As raízes no ventre da floresta
hão-de alimentar-te. Prometo-te
todos os frutos da Terra.
Sonda-me e sorve-me.
Firma a tua mão na minha nuca
e inunda-me as pernas.
Aucun commentaire:
Enregistrer un commentaire