Anatólia
Montanhas escarpadas sinuosas ardentes misteriosas
Apetece gritar, mas os gritos não são ecoados
Apetece correr, mas a paisagem é sempre igual
Uma enorme montanha de pedras a olhar apaixonadamente
E o riso solta-se e o frenesim das conversas
Entre o céu e a montanha estamos nós
Corpos que rastejam, vozes que gritam
E uma vontade enorme de criar o espaço que nos justifique
E de braços abertos, mãos apertadas
Somos o elo entre as montanhas e o azul
Entre a terra e o céu
Que nos caminhos mais estreitos e distantes
Pastoreia o universo subjugado pela vontade dos nossos passos.
(Poema e foto de Rogério Pinto)
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